terça-feira, 19 de janeiro de 2016

(RESENHA) A SELEÇÃO - KIERA CASS

Oi. :D

O post de hoje é uma resenha e desta vez do livro A Seleção o primeiro da série de mesmo nome. A série é composta por cinco livros e quatro contos, sendo eles:

#1 - A Seleção                                                                         
#2 - A Elite                                                                              
#3 - A Escolha                                                                         
#4 - A Herdeira                                                                        
#5 - A Coroa (lançamento previsto para 05/2016)                  

Contos:
#O Príncipe (Leia a resenha);
#O Guarda;
#A Rainha (Leia a resenha);
#A Favorita.


A Seleção

Kiera Cass


Editora: Seguinte
Páginas: 361
ISBN: 978-85-65765-01-5
Publicação: 2012

SINOPSE
Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável e se pudesse mudar alguma nela desejaria apenas ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto.
Um dia, America topa se inscrever na Seleção só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa. Mas é claro que seu nome aparece na lista das Selecionadas e depois disso sua vida nunca mais será  a mesma...


ENREDO
America Singer vive em Illéa, um país dividido em oito castas. A primeira delas é composta pela família real e a última por famílias mais pobres. A história é distópica e se passa num futuro distante onde a China dominou os Estados Unidos depois que estes não conseguiram quitar uma dívida, criando, assim, a 3ª e 4ª Guerra Mundial. O país passou a ser o Estado Americano da China antes de se tornar Illéa.

As famílias ricas de Illéa têm o poder de controlar a quantidade de seus herdeiros, enquanto os de castas mais pobres não possuem o direito e, por isso, é comum encontrar famílias com grande quantidade de filhos. 

Sempre que um príncipe atinge a idade de se casar acontece A Seleção, uma espécie de Reality Show onde meninas entre 16 e 20 anos de todas as castas são convidadas a participar. A inscrição não é obrigatória, porém, trás um excelente benefício financeiro para a família da garota que for selecionada, o que para muitas delas é uma oportunidade de ouro.

Havia três gerações que não nascia um príncipe na família real e chegado a hora de casá-lo, 35 meninas foram escolhidas para morar no palácio até que a princesa fosse definida pelo príncipe. 

America Singer, uma ruiva de 17 anos, pertencia a casta cinco - a dos artistas - e, antes de ser selecionada, cantava e tocava violino em festas a fim de arrecadar dinheiro. É a mais velha dentre os irmãos que ainda vivem com os pais e sempre sentiu-se no dever de ajudar com o sustento da família. Algumas circunstâncias levaram-na a se inscrever no concurso contra a própria vontade o que deixou a sua mãe muito contente e o seu pai nem tanto.

America tinha muitas razões para não entrar para A Seleção e uma delas era Aspen, um rapaz da casta seis por quem era apaixonada e sonhava em se casar um dia. Só que o casamento entre castas era bastante burocrático, especialmente com os de casta mais pobre. E a mãe de America queria que ela encontrasse um rapaz mais abastado, justamente para melhorar a condição da família.



COMENTÁRIOS
Gosto bastante de ler livros que são voltados para a faixa etária mais jovem. Geralmente são leituras leves, divertidas, rápidas e cativantes, entretanto, eu tive uma relação de amor e ódio com o livro. Perdoem-me se eu parecer indecisa quanto a minha opinião, mas vou explicar:

Não sou fã de leituras que no decorrer da história me remete a outro livro, sabe? O livro parece que perde o brilho próprio. Foi o que aconteceu comigo no começo de A Seleção. Até mais ou menos a metade da história eu estava odiando por causa dos fatos que eu relacionava diretamente com outro livro que amo muito, Jogos Vorazes. Sim, encontrei muita similaridade e diversas vezes me peguei brigando com o livro. Irritada mesmo.

Vamos a alguns exemplos: A Seleção e Jogos Vorazes são distopias (e isso não é crime, claro, AMO distopia e é meu gênero favorito); Assim como Katniss, America não queria fazer parte daquele Reality Show - ambas se viram obrigadas (uma pela mãe, outra por seu extinto materno); As duas sentiam um peso muito grande nas costas, uma responsabilidade em ajudar a família a conseguir o que comer, responsabilidade de filha mais velha; Os países são divididos em castas/distritos o que basicamente é a mesma coisa; Nos dois livros aparece alguém sendo chicoteado na praça por roubar comida; As duas escolhidas passam por uma seção de limpeza profunda e mudança de estilo; O Reality Show dos dois livros são transmitidos na teve com o intuito de entreter a população; Há rebeldes nas duas histórias. 

Enfim, para muitos, detalhes como esses que sitei podem não ser importantes e, de fato, não o são. Porém, me senti bastante incomodada no começo, afinal gosto de histórias criativas, diferentes e que mexam com a minha imaginação. O fato de eu ainda estar lendo Jogos Vorazes pode ter sido o culpado, já que tenho a história bem fresca na memória e as comparações foram inevitáveis.

Até aí eu estava decepcionada com a história e querendo desistir. ÓDIO. ÓDIO. ÓDIO.


Mas, mas... a segunda metade do livro me cativou. AMOR. AMOR. AMOR. Depois que as comparações sumiram de minha cabeça, pude me envolver com facilidade na história e amei. 

"- Eles vão matar você por isso.
- E eu vou morrer se não fizer."

O livro me propôs momentos intensos, onde senti um mix de emoções. America é divertida e dramática ao mesmo tempo e ela possui um certo quê de Bella Swan (Crepúsculo) por causa da confusão de sentimentos que há em seu coração. Ela me fez rir e em outros momentos sentir raiva, por ser tão dramática. Mas - minha opinião - acho que a beleza desse primeiro livro é justamente a America ser essa personagem cheia de sentimentos, emoções e confusões, o que - imagino eu - vai amadurecer a personagem nos próximos livros.

O príncipe Maxon é muito educado, gentil e fofo. Enquanto vai conhecendo as candidatas, ele cria uma certa amizade com America, descobre algumas coisas que ele mesmo não sabia sobre as castas, amadurece quanto a isso e faz algumas mudanças. O leitor acompanha um sutil crescimento no caráter dele.

No geral, gostei bastante da construção dos personagens e do modo como a história se desenrola. O livro deixa algumas dúvidas na cabeça do leitor - que espero serem sanadas - e criando uma grande vontade de ler a continuação.

A segunda metade do livro salvou minha leitura e me conquistou.

"Senti um sorriso em seus lábios, um sorriso que durou por muito tempo depois."


O LIVRO
O livro é lindo. Gosto bastante das capas da série toda. A diagramação é boa, a cada início de capítulo tem o detalhe de uma coroa (mesmo desenho da capa), as páginas são amarelas e não me lembro de ter encontrado erros de revisão.

Como um todo, dei quatro estrelas para o livro. O meu sentimento de ódio inicial foi dominado pelo de amor no final e valeu a pena, sim, ter continuado a leitura. Recomendo bastante aos que desejam uma história leve para intercalar com livros densos e, certamente, vou continuar a série.

O livro estava encalhado na minha estante desde 2012 e ele saiu da minha TBR Jar (livros por ler) agora em janeiro de 2016. Já tenho o segundo volume, A Elite, e se der vou encaixá-lo nas leituras de fevereiro. Aproveitei a leitura para cumprir o desafio do calendário literário, onde em janeiro o objetivo era começar uma série.

Parece que a série vai virar filme e se for mesmo, já o aguardo ansiosa. ;)



Se você já leu o livro, me conta o que achou e se não leu aqui está um livro que vale a pena dar uma chance. Aproveite!

Até mais.

xoxO*



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